O carbono escondido no açúcar
O vídeo mostra as reações de desidratação da sacarose (açúcar comum) e do sulfato de cobre penta-hidratado, usando ácido sulfúrico concentrado.
Os carboidratos podem ser considerados substâncias orgânicas em que são adicionadas à cadeia carbônica (carbono puro) várias moléculas de água. Não é bem assim, porque cada carbono da cadeia se liga a um hidrogênio (H) e um grupo hidroxila (OH) em ligações diferentes. No caso da sacarose, a fórmula é C12H22O11; repare que há o dobro de hidrogênios em relação ao número de oxigênios, o que equivale a onze moléculas de água para cada molécula de sacarose desidratada. Mas, o ácido sulfúrico concentrado é um forte desidratante, capaz de quebrar as ligações desses grupos com os carbonos, que se juntam, formando água (H2O). Com o a reação é fortemente exotérmica, há muito calor desprendido e água vaporiza, junto com outros gases tóxicos e mal cheirosos. O resíduo preto é carbono praticamente puro, uma espécie de carvão obtido quimicamente do açúcar. Ao contrário do açúcar, no caso da desidratação do sulfato de cobre penta-hidratado (CuSO4.5H2O), as moléculas de água estão "inteiras", apenas cristalizadas juntas com os cátions (Cu2+) e ânions (SO42-). Quando o ácido sulfúrico é adicionado, ele retira as moléculas de água do cristal quase que totalmente. O sulfato de cobre anidro (desidratado) não é azul, mas branco. No caso do experimento do filme, a coloração azul ficou mais clara, mas porque nem toda a água de cristalização foi retirada. Se fizer o aquecimento do sulfato de cobre penta-hidratado (CuSO4.5H2O) em uma chama, haverá vaporização de toda a água e o sal sulfato de cobre anidro (CuSO4) se apresentará branco.

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